SUA VIDA: ANTES E DEPOIS DE JOBS
"Steve Jobs e seu xará Wozniak trabalhavam em uma garagem naquilo que, acreditavam, seria imprescindível à humanidade em algum momento desta vida: o computador pessoal. A Apple Computers, hoje apenas Apple, bem como todos os produtos que dali surgiram, é fruto dessa ideia fixa. Em cena reproduzida no filme Pirates of Silicon Valley, de 1999, Wozniak busca a IBM para apresentar o tal computador pessoal no início dos anos 1980. É recebido com ironia e desprezo e mandado para casa. Ou, naquele caso, para a garagem da Apple Computers.
Diz a lenda – e o filme – que é dessa rejeição que nasce, ou acorda, a personalidade obsessiva de Steve Jobs. E, claro, a inspiração e a obstinação para criar produtos geniais. Verdade ou não, a partir dali, ele e sua turma dificilmente erraram. Do Macintosh de 1984, que, além de ser o primeiro computador pessoal integrado, trazia um sistema operacional revolucionário (copiado pela Microsoft quase 10 anos depois), até o iPad, no ano passado, são poucos os momentos de deslize da Apple.
Com a marca registrada do design clean – tão clean que ele chegou a criar um iPod sem nenhum botão -, mas insistentemente voltado para simplificar a vida do usuário, os produtos venceram, convenceram e venderam, o que é mais importante do ponto de vista empresarial. Os computadores Powerbook e iMac reimaginaram a computação pessoal, afinal a Apple foi a primeira empresa a se desfazer da entrada para o velho disquete.
Mas foi há quase 10 anos – o aparelho faz aniversário em duas semanas – que o mago da tecnologia deste século tirou da cartola aquilo que revolucionaria a vida como ela é. Em 23 de outubro de 2001, em um auditório alugado próximo ao câmpus de Cupertino (sede da Apple até hoje), Jobs mostrou a um público restrito, e não muito entusiasmado, uma caixinha branca com 5GB de capacidade de armazenamento, que celebrava a possibilidade de carregar “1.000 músicas em seu bolso”: o iPod.
Inimaginável
Difícil saber se Steve Jobs poderia prever o que aquele aparelho representava. É improvável. Mesmo ele sendo Jobs. Uma década depois, ninguém tem dúvida de que o iPod, associado à loja virtual de venda de músicas, a iTunes Store, mudou a indústria fonográfica para sempre. Os CDs passaram a sumir das lojas e as lojas fecharam suas portas, e a portabilidade do tocador de músicas eliminou, aos poucos, a existência dos CD players.
Mais que isso, o iPod evoluiu. Para uma, duas, diversas versões. Em tamanho diminuto, virou shuffle, teve o preço reduzido e conquistou a meninada. Sua edição míni – e multicolorida – encontrou espaço nas bolsas femininas e, de repente, todos precisavam de um brinquedo daqueles. Na mais genial de suas cartadas, Jobs fez o iPod compatível com o Windows, e não apenas com o sistema operacional da Apple, o que universalizou o aparelho. Resultado: mais de 300 milhões de unidades vendidas.
O iPhone, apresentado ao mercado em 2007, unia os recursos do iPod à telefonia celular. A interface de uso, extremamente amigável, cativou quem não conseguia mexer com, ou entender, os smartphones da época. Com ele, a iTunes Store deu um salto: passou a vender aplicativos, além de músicas, filmes e séries de tevê. E explodiu. Já são mais de 100 bilhões de músicas e 7 bilhões de aplicativos baixados.
Na última terça-feira, o iPhone 4S, a mais recente versão do aparelho, ganhou vida, o que causou uma certa frustração, mas como na Apple de Jobs havia mesmo uma certa magia em tudo, o 4S vai passar de menosprezado a histórico: é o último dos aparelhos brilhantes da Apple com Steve Jobs ainda vivo." [Autor] Alexandre Botão
Diz a lenda – e o filme – que é dessa rejeição que nasce, ou acorda, a personalidade obsessiva de Steve Jobs. E, claro, a inspiração e a obstinação para criar produtos geniais. Verdade ou não, a partir dali, ele e sua turma dificilmente erraram. Do Macintosh de 1984, que, além de ser o primeiro computador pessoal integrado, trazia um sistema operacional revolucionário (copiado pela Microsoft quase 10 anos depois), até o iPad, no ano passado, são poucos os momentos de deslize da Apple.
Com a marca registrada do design clean – tão clean que ele chegou a criar um iPod sem nenhum botão -, mas insistentemente voltado para simplificar a vida do usuário, os produtos venceram, convenceram e venderam, o que é mais importante do ponto de vista empresarial. Os computadores Powerbook e iMac reimaginaram a computação pessoal, afinal a Apple foi a primeira empresa a se desfazer da entrada para o velho disquete.
Mas foi há quase 10 anos – o aparelho faz aniversário em duas semanas – que o mago da tecnologia deste século tirou da cartola aquilo que revolucionaria a vida como ela é. Em 23 de outubro de 2001, em um auditório alugado próximo ao câmpus de Cupertino (sede da Apple até hoje), Jobs mostrou a um público restrito, e não muito entusiasmado, uma caixinha branca com 5GB de capacidade de armazenamento, que celebrava a possibilidade de carregar “1.000 músicas em seu bolso”: o iPod.
Inimaginável
Difícil saber se Steve Jobs poderia prever o que aquele aparelho representava. É improvável. Mesmo ele sendo Jobs. Uma década depois, ninguém tem dúvida de que o iPod, associado à loja virtual de venda de músicas, a iTunes Store, mudou a indústria fonográfica para sempre. Os CDs passaram a sumir das lojas e as lojas fecharam suas portas, e a portabilidade do tocador de músicas eliminou, aos poucos, a existência dos CD players.
Mais que isso, o iPod evoluiu. Para uma, duas, diversas versões. Em tamanho diminuto, virou shuffle, teve o preço reduzido e conquistou a meninada. Sua edição míni – e multicolorida – encontrou espaço nas bolsas femininas e, de repente, todos precisavam de um brinquedo daqueles. Na mais genial de suas cartadas, Jobs fez o iPod compatível com o Windows, e não apenas com o sistema operacional da Apple, o que universalizou o aparelho. Resultado: mais de 300 milhões de unidades vendidas.
O iPhone, apresentado ao mercado em 2007, unia os recursos do iPod à telefonia celular. A interface de uso, extremamente amigável, cativou quem não conseguia mexer com, ou entender, os smartphones da época. Com ele, a iTunes Store deu um salto: passou a vender aplicativos, além de músicas, filmes e séries de tevê. E explodiu. Já são mais de 100 bilhões de músicas e 7 bilhões de aplicativos baixados.
Na última terça-feira, o iPhone 4S, a mais recente versão do aparelho, ganhou vida, o que causou uma certa frustração, mas como na Apple de Jobs havia mesmo uma certa magia em tudo, o 4S vai passar de menosprezado a histórico: é o último dos aparelhos brilhantes da Apple com Steve Jobs ainda vivo." [Autor] Alexandre Botão
Veja o que os líderes da tecnologia de hoje, falaram de Jobs.
“O mundo raramente vê alguém que causou o profundo impacto que Steve provocou, os efeitos que serão sentidos nas próximas gerações” Bill Gates, fundador da Microsoft
“A principal contribuição foi não permitir que a Apple fizesse produtos apenas razoáveis, nem mesmo bons: ele só aceitava os excelentes” Steve Wozniak, cofundador da Apple
“Steve, obrigado por ser um mentor e um amigo. Obrigado por mostrar que as coisas que criamos podem mudar o mundo. Sentirei sua falta” Mark Zuckerberg, criador do Facebook
“De uma forma estranha (Steve Jobs) sabia incendiar a imaginação e os desejos do público em geral, não apenas os fãs de tecnologia” Vint Cerf, cofundador da internet
“Hoje o mundo perde um líder visionário, a indústria de tecnologia perde uma lenda icônica e eu perco um amigo” Michael Dell, fundador da Dell.
Espero que agora, você conheça um pouco mais da história de Jobs.
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